O coração não é apenas o órgão central e fundamental do corpo; é também símbolo dos sentimentos no Ocidente e da inteligência no Oriente.
O amor é um dos sentimentos mais presentes na vida humana e o fim de um romance pode fazer o coração sofrer e debilitá-lo de tal forma, que pode ser confundida com um ataque cardíaco. Aqui entra a Síndrome do Coração Partido, uma metáfora exagerada e bastante utilizada para ilustrar a sensação de uma decepção amorosa, resultado de relacionamentos amorosos infelizes.
Inicialmente foi descrita no Japão, em 1991, como uma nova síndrome cardíaca. Tem uma ocorrência rara, com cerca de 200 casos registados em todo o mundo, a maioria mulheres de meia-idade. Cerca de 67% dos pacientes foram expostos a stress físico ou emocional.
Os sintomas desta doença são semelhantes aos de um enfarte agudo do miocárdio (dor no peito, mas menos intensa; alterações no electrocardiograma e nas enzimas cardíacas).
Apesar de algumas divergências na comunidade científica, crê-se que são desencadeados pela reacção do coração a uma grande libertação de adrenalina e noradrenalina. No entanto, a síndrome do coração partido distingue-se do ataque cardíaco uma vez que os pacientes recuperam de forma espontânea e total, e não sofrem danos duradouros no músculo cardíaco.
É ainda curioso que haja uma correlação entre a síndrome do coração partido e a época do ano, visto que esta ocorre mais na Primavera e no Verão (os ataques cardíacos vitimam mais no Inverno).
Beatriz Vala
Sem comentários:
Enviar um comentário