sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A verdade "light"

Ao longo dos últimos anos tem se vindo a consumir cada vez mais refrigerantes light ou sem açúcar, preferencialmente aos açucarados e calóricos. Muitas vezes esta preferência é motivada pelos efeitos secundários destes últimos, que em excesso podem provocar doenças cardiovasculares.


Uma nova investigação sugere que os refrigerantes light podem ser, a longo prazo, prejudiciais ao coração. Os números rondam 60% de probabilidade de vir a sofrer de problemas cardiovasculares


“Caso os nossos dados sejam  confirmados em estudos futuros, podemos dizer que os refrigerantes light não são os melhores substitutos das bebidas açucaradas, quando se trata de nos protegermos das doenças cardiovasculares”, sublinhou Hannah Gardener, investigadora da Miami Miller School of Medicine (EEUU) e  autora principal deste estudo.

A investigação foi feita ao longo de nove anos com um total de 3289 participantes de diferentes raças, com uma idade média de 40 anos. Esta incluía questões sobre o tipo e quantidade de bebidas que consumiam e o seu historial médico.

Durante este período, foram detectados 559 problemas cardiovasculares (acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos ou isquémicos) e alguns deles foram associados ao consumo de bebidas light, após a avaliação dos outros factores de risco.






Beatriz Vala

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Doenças Cardiovasculares 4: Doença Cardíaca Congénita

  • Congénito significa «presente no nascimento».

Os defeitos cardíacos congénitos são anormalidades anatómicas causadas pelo desenvolvimento defeituoso do coração durante a vida fetal. 
Existem inúmeros tipos de defeitos, mas este podem ser divididos em dois grupos:

  1. Os que deixam passar demasiado sangue do coração para os pulmões e insuficiente para o resto do corpo;
  2. Os que deixam passar sangue insuficiente para os pulmões, fazendo com que o sangue que vai para o corpo contenha uma quantidade insuficiente de oxigénio. 

Alguns defeitos congénitos:

    1. Coarctação da aorta: estreitamento localizado na aorta que reduz o fornecimento de sangue à parte inferior do corpo. Conduz à falta de ar e palidez e incapacidade de se alimentar;





    2. Transposição das grandes artérias: as duas artérias principais (a artéria pulmonar e a aorta) que transportam sangue do coração saem dos lados errados do coração. 







   3. Defeito do septo ventricular: Existência de um orifício  na parede divisória entre os ventrículos. Algum do sangue oxigenado do ventrículo esquerdo passa através do orifício para o ventrículo direito, o que resulta em excesso de sangue para os pulmões. Este defeito tende a diminuir à medida que a criança cresce, em geral fecha-se completamente.  
   4. Tetralogia de Fallot: trata-se de uma combinação de quatro anomalias - uma válvula estreitada na artéria pulmonar, que vai para os pulmões, defeito do septo ventricular, uma aorta deslocada que atravessa a parede divisória e uma parede do ventrículo esquerdo anormalmente espessa. Sangue insuficiente passa para os pulmões para ser oxigenado e, deste modo, o enorme volume bombeado para o corpo com falta de oxigénio conduz à falta de ar. É necessária a cirurgia.

   5. Defeito do septo auricular: observa-se um orifício na parede divisória entre as duas aurículas, que resulta em excesso de sangue nos pulmões.
   6. Estenose pulmonar: existe um estreitamento da válvula pulmonar, o que obriga o músculo cardíaco a trabalhar mais para empurrar o sangue através da área estreitada. O grau de estreitamento pode ser ligeiro, moderado ou grave.



Causas:

O coração forma-se nas primeiras semanas de gravidez (entre a 6ª e a 12ª semana), logo será neste período que ocorre a formação dos defeitos cardíacos.

  • Infecção Viral: se uma mulher grávida contrair uma infecção viral neste período, em particular a rubéola, existe a possibilidade de se desenvolver na criança uma anormalidade cardíaca;
  • Diabetes: a diabetes mal controlada numa mulher grávida aumenta o risco de defeito cardíaco numa criança.

A doença cardíaca congénita acompanha em geral anormalidades congénitas que afectam outras partes do corpo. Cerca de 30% a 40% dos bebés nascidos com a síndrome de Down têm um defeito cardíaco. Existem também um ligeiro aumento na incidência de alguns tipos de defeitos em gémeos.


Sintomas:

  1. Excesso de sangue nos pulmões e insuficiente no corpo:
  • falta de ar;
  • cansaço.
   2. Insuficiente sangue nos pulmões e oxigénio insuficiente que vai para o corpo:
  • cor azulada dos tecidos, principalmente nos lábios e unhas.

Mariana Mondego

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Recitar poemas de Homero faz bem ao coração

Recitar poemas como os de Homero, que possuem uma métrica especial chamada hexâmetro jâmbico, pode fazer bem ao coração.
Por palavras mais exactas, o padrão de respiração que adquirimos quando estamos a ler poemas clássicos em voz alta permite, de acordo com um estudo recente, uma sincronia perfeita entre a respiração e os batimentos cardíacos. Esta conclusão decorre de uma experiência realizada com um número significativo de pessoas que, ao declararem a Ilíada com as pausas correctas entre os versos, não revelaram arritmias cardíacas. Este trabalho que recebeu o nome de "Oscilações da sincronia entre a respiração e os batimentos cardíacos durante a recitação de poemas", foi desenvolvido por um grupo de vários fisiologistas europeus e publicado recentemente na revista de Sociedade Americana de Fisiologia. O objectivo desta pesquisa não é criar uma terapêutica nova para pacientes que sofreram ataques cardíacos, por exemplo, mas sim encontrar evidências que ajudem a compreender melhor alguns aspectos desconhecidos do corpo humano. É que existem certos processos de regulação, responsáveis pela ocorrência entre diferentes funções psicológicas e o sistema cardio-respiratório, que ainda não estão cabalmente explicados pela ciência. Fenómenos homólogos já haviam sido verificados, de resto, durante a leitura oral de versos religiosos como o rosário católico ou o mantra "OM".

Imprensa diária, Agosto de 2004




Um texto que analisámos na aula de Português e que achámos interessante inserir no nosso blog para reflectir...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

ESPAÇO CADIOPROTEGIDO®

O que é um Espaço Cardioprotegido®?

Um Espaço Cardioprotegido® é um local público onde existem em permanência Desfibrilhadores Automáticos Externos, bem como pessoas treinadas para os utilizar.

Quais as vantagens?

A capacidade de dar uma resposta eficaz aos seus utilizadores em caso de existência de um evento crítico de morte súbita de causa cardíaca.


Como funciona?

No espaço público é colocado um ou mais desfibrilhadores e é treinado o staff em Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa. Em caso de paragem cardíaca são desencadeados os procedimentos de socorro de acordo com protocolos pré-estabelecidos até à chegada dos serviços de emergência. Este tipo de resposta aumenta a probabilidade de sobrevivência.


Como curiosidade, este aparelho já existe no local público mais recente de Leiria, o Leiriashopping.

Mais informação em: Espaço cardioprotegido


Filipa Carreira

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

LATITUDE® no coração

A modernização nos sistemas de monitorização chegou à cardiologia.
Existe um novo sistema que transmite a informação aos médicos à distância. Chama-se LATITUDE® e é composto por um comunicador que recolhe os dados de aparelhos cardíacos usados pelo paciente e por sensores externos (por exemplo um medidor da pressão arterial). 
Estas informações são depois transmitidas para um servidor (através do telefone), gravadas e disponibilizadas aos médicos. Através de uma palavra-passe os cardiologistas podem saber o estado do coração pela internet. O LATITUDE® informa ainda sobre o estado do aparelho (carga ou problemas).


Por exemplo, se o doente tiver uma arritmia mais grave e o seu aparelho realizar uma desfibrilhação o médico recebe um alerta vermelho, de forma a puder actuar mais rapidamente. Este sistema permite ainda a redução do número de consultas de um doente cardíaco, evitando algumas deslocações e salas de espera.

Quanto a números, em 2009 foram implantados 120 aparelhos em Portugal, sendo que a média europeia corresponde a 270 implantes por cada milhão de habitantes. E, nos Estados Unidos, o número sobe para 600 por milhão.
Calcula-se que há 20% de pessoas em risco de desenvolver insuficiência cardíaca ao longo da vida. Na Europa, morrem por ano, devido a esta patologia, perto de 300 mil pessoas.

Este post foi baseado numa notícia do jornal Sol, por Joana Andrade (ver http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=9813)

Bom fim-de-semana
Beatriz Vala