sábado, 29 de janeiro de 2011

Doenças Cardiovasculares 3: Aterosclerose


Aterosclerose é uma doença na qual ocorre a formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Um ateroma é a matéria gordurosa constituída por colesterol, lípidos circulantes e ácidos gordos.


A mistura das gorduras e do colesterol infiltra-se no revestimento das artérias, estreitando-as e danificando-as. Uma vez estreitadas, as artérias ficam vulneráveis a um bloqueio total por um coágulo de sangue, como é possível observar na figura abaixo.


Fig.1: Formação de um coágulo


O estreitamento das artérias não afecta da mesma maneira os vasos sanguíneos do corpo, variando de pessoa para pessoa. Mais vulgarmente, o estreitamento tem lugar nas artérias coronárias que fornecem sangue ao coração, resultando doenças coronárias. Contudo, em certas  pessoas, as artérias coronárias mantêm-se razoavelmente saudáveis enquanto existe um grave estreitamento das artérias que fornecem sangue ao cérebro. Noutras, o estreitamento pode ser grave nas artérias que fornecem sangue às pernas. Isto pode causar dores nas pernas enquanto se caminha e gangrena nos pés. Se uma artéria ligada a um rim se estreitar, pode resultar uma subida da pressão arterial.


Fig.2: Estreitamento de uma artéria cerebral.



Fig.3: Estreitamento de uma artéria situada nas pernas











                                                                                          



Sintomas:


 De uma forma geral, a aterosclerose ou não produz sintomas até estreitar mais de 70% de uma artéria ou estes são tão progressivos e discretos que se tornam difíceis de reconhecer. Além disso, os sintomas dependem do local onde a doença se desenvolve.

Os sintomas mais comuns são então:

  • Dor em situações de esforço;
  • Cãibra em situações de esforço.



Mariana Mondego

domingo, 23 de janeiro de 2011

Actividade laboratorial - dissecação do coração de porco

No dia 21 de Janeiro de 2011 realizámos uma actividade laboratorial - dissecação do coração do porco. Esta actividade teve como objectivo principal entender a anatomia e fisiologia do coração. Identificámos, essencialmente, artérias, veias, ventrículos, aurículas e válvulas.
Um grande agradecimento à Professora Telma Freitas pela ajuda e disponibilidade. Aqui segue-se algumas fotos e mais tarde colocaremos o filme que realizamos desta actividade.


















sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ataque de coração ao volante


É a maior causa de morte em Portugal e, em alguns casos, o ataque ao coração ocorre ao volante. Um auxílio rápido é, muitas vezes, fundamental para evitar consequências muito graves. A BMW está a trabalhar numa maneira de ajudar, num caso como este. O cenário é simples: um condutor segue na faixa da esquerda numa auto-estrada quando sofre  um ataque de coração, ou um AVC, o que impossibilita de continuar a dominar o automóvel.
O sistema detecta o que aconteceu ao condutor, através da mudança dos padrões de condução, e toma controlo da situação. Primeiro, acende os quatro piscas, depois mantém a aceleração constante e manobra a direcção para manter o carro na sua faixa. Em seguida, faz pisca para a direita e os sensores laterais detectam quando a faixa da direita está livre. O carro muda então para essa faixa e começa gradualmente a reduzir a velocidade. Procura uma berma segura e faz, novamente pisca para a direita, reduz mais a velocidade e, finalmente, estaciona o carro de forma segura na berma. Acciona novamente os quatro piscas e faz uma chamada de emergência para o 112, comunicando as coordenadas do veículo.
Dentro de pouco tempo, o condutor inactivo recebe auxílio de um veículo de assistência médica. As vantagens para o próprio são óbvias mas, durante o processo, também se evitaram potenciais colisões com os outros utentes das estradas. É o Emergency Stop Assistant.
A tecnologia existe e funciona, mas os impedimentos legais parecem ser o obstáculo mais difícil de ultrapassar. Na maioria dos países, não é legal um automóvel circular autonomamente, sem o controlo directo de um condutor. 
Em futuros próximos, teremos este sistema nas nossas mãos, evitando assim perigos a nível rodoviário e a nível da saúde. 





Filipa Carreira


sábado, 15 de janeiro de 2011

O frio faz mal ao coração

E é mesmo no sentido literal: o frio faz mal ao coração! 
A verdade é que andar ao frio esforça o coração e aumenta o risco de enfarte do miocárdio.
Quando ficamos sujeitos ao frio o nosso corpo activa um mecanismo de defesa do qual faz parte a vasoconstrição, ou seja, o afastamento dos vasos sanguíneos da superfície da pele.

O que é que a vasoconstrição provoca?
  •          Mãos arroxeadas
  •          Frieiras
  •          Difícil circulação nas extremidades corporais
  •          Esclerodermia

As frieiras podem ainda bloquear totalmente a circulação e danificar irreparavelmente o coração.

Quem pensa que beber álcool para aquecer é a solução desengane-se: o álcool diminui a vigilância, impedindo que o organismo se aperceba do frio!

Beatriz Vala

domingo, 9 de janeiro de 2011

Doenças Cardiovasculares 2: Arritmias Cardíacas

Esta semana a doença de que vou falar é: Arritmias Cardíacas.





Uma arritmia é um problema relacionado com o ritmo dos batimentos cardíacos. As arritmias podem ser ligeiras e ter consequências mínimas, ou significar um problema sério que pode conduzir a doenças cardíacas graves, como trombose ou enfarte do miocárdio.

Se o ritmo cardíaco for demasiado lento (inferior a 50/60 batimentos por minuto), é designado como bradicardia, se por outro lado o coração bater de forma muita rápida (mais de 100 batimentos por minuto em repouso), estamos perante uma taquicardia. Quando existe um impedimento à normal progressão dos estímulos cardíacos dentro do coração estamos em presença de um bloqueio que, em certas situações, pode levar à falta de um ou mais batimentos cardíacos.
Em qualquer uma destas situações, quando o coração bate de forma irregular, o bombeamento de sangue para as várias partes do corpo, pode não ser conseguido, colocando em perigo órgãos vitais como o cérebro, os pulmões, entre outros.



Por outro lado, as arritmias podem estar localizadas nas aurículas ou nos ventrículos do coração.

  • A fibrilhação auricular é a arritmia cardíaca mais frequente e caracteriza-se por ser um batimento irregular nas aurículas. As pessoas com fibrilhação auricular têm um batimento das aurículas várias vezes superior ao do resto do coração, o que leva a uma corrente sanguínea irregular  e à formação ocasional de coágulos sanguíneos, que podem viajar até ao cérebro.
    É a causa mais frequente de internamento hospitalar por perturbações do ritmo cardíaco e a mortalidade nos indivíduos com fibrilhação auricular é cerca do dobro da dos indivíduos com ritmo sinusal normal. A presença de fibrilhação auricular está também ligada à ocorrência de acidentes vasculares cerebrais (AVC).

  • A fibrilhação ventricular é uma situação patológica caracterizada no ECG por um traçado irregular, de amplitude variada e ondas grosseiras. O prognóstico é muito mais grave do que na fibrilhação auricular já que a contracção dos ventrículos é ineficaz levando à morte em poucos segundos se não for rapidamente corrigida. É responsável por 90% das paragens cardiorrespiratórias em ambiente extra-hospitalar.



Causas:
  • Tabaco;
  • Stress;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Vida Sedentária;
  • Consumo de drogas;
  • Excesso de cafeína;
  • etc.

Mariana Mondego